sexta-feira, 5 de setembro de 2014

REFLEXÃO: EVANGELHO DE LUCAS CAPÍTULO 21


Jesus passando pelo templo, observa os ricos lançando suas ofertas quando presencia uma viúva lançar suas moedas, então ele fala aos seus discípulos sobre a oferta sacrificial daquela viúva, e a oferta dos ricos que davam apenas o que não lhes fazia falta.
As grandes ofertas dos ricos faziam com que eles fossem vistos atendendo suas vaidades, e era com estas somas ofertadas que se sustentava toda a formosura física daquele templo. Algumas pessoas comentavam sobre a beleza deste templo, Jesus ouvindo isto diz que aquela construção, tão significativa para os Judeus, seria totalmente destruída, todo o luxo, pompa e beleza seriam derrubados.

É interessante saber que este templo tão admirado e querido pelos Judeus era aquele reconstruído por Esdras após a volta do exílio, tempos depois o povo Seleucida domina Jerusalém e profana o templo, mas isto desperta a revolta dos Judeus que liderados por Judas Macabeus retomam o templo e o reconsagra. Neste contexto histórico surge Roma impondo leis em Jerusalém e dando a Herodes o poder de governar e este, entre grandes construções e desenvolvimento cultural que trouxe para a Judéia, remodela o templo o fazendo tão glorioso e esplendoroso (por motivos políticos), que gera comentários de admiração entre os seus visitantes.

Retomando a fala de Jesus sobre a destruição deste templo, lemos que os discípulos interrogam o Mestre sobre como e quando isto aconteceria, perguntam se haveria algum sinal precedendo este acontecimento. Em resposta Jesus vai muito além do que simplesmente a destruição do grande ícone de orgulho Judeu que era o templo, Ele expõe os grandes acontecimentos que se dariam dali alguns anos e os grandes acontecimentos dos tempos do fim.
Já vemos estes acontecimentos logo após a morte de Jesus, quando os discípulos cheios do Espírito Santo, proclamam com ousadia o evangelho do Reino, o que lhes causa perseguições, prisões e morte, como ditas por Jesus nos versos de 12 a 24.

Sobre a destruição deste templo que Jesus fala, sabemos que após a morte de Herodes, Roma oprime ainda mais os Judeus com o reinado de Arquelau. Os Judeus pedem um alivio a Roma que atende enviando Pôncio Pilatos, Félix, Festo e Floro para governarem, mas os Judeus continuam com um desejo de se rebelar e se livrar do governo estrangeiro.
Por volta da década de 60 e 70 d.C. começa outra revolta dos Judeus, mas desta vez são vencidos por legiões romanas comandadas por Tito, este destrói o templo no ano 70 d.C. gerando a Nova Diáspora ou Segunda Diáspora Judaica, quando o povo foge de Jerusalém se espalhado por outras nações. Anos depois houve uma tentativa por parte dos Judeus em retornarem para Jerusalém, mas eles não foram bem sucedidos. (Jesus não vem para ser líder político, nem mesmo zelar pelo templo físico que só revela vaidade e arrogância, mas para fazer de cada um que confessa o seu nome o seu templo, sua habitação. O cristão é o templo do Espírito Santo de Deus, este jamais será destruído e isto, os Judeus não entenderam)

Sobre os acontecimentos dos tempos do fim, o Mestre ensina aos discípulos a estarem atentos aos sinais, lhes dando a parábola da Figueira, assim como se entende que o verão está próximo, sinais hão de acontecer que precederão o fim de todas as coisas. Jesus ensina que se deve estar atentos, pois muitos virão no seu Nome anunciando o fim, assim como muitos sinais que darão a entender que já é chagado o fim, mas ainda não será. Estes acontecimentos não seguem um plano sistemático, não se pode determina quantos anos levarão se desenrolando, não é possível prever ou saber quando virá o fim, mas o Mestre ensina que é necessário estar atento para entender e discernir o tempo!  (leia o Cap. 17 de Lucas)
Nos últimos dias, acontecerão coisas aterrorizantes, por mais que já seja um terror vivenciar este pseudo evangelho tão aclamado pela massa sugestionada, os acontecimentos se mostrarão no mundo físico, na parte genética, tecnológica entre outras... “Os homens desmaiarão de terror, apreensivos com o que estará sobrevindo ao mundo; e os poderes celestes serão abalados.” Verso 26.
Muitas coisas que estão em oculto se revelarão, os limites da influência maligna serão tirados, o mundo espiritual se revelará espantosamente, muitos se admirarão e se deixarão enganar. Coisas que hoje ainda são improváveis, mas que acontecem realmente sem que se consiga explicar, se descortinarão causando grande espanto e ao mesmo tempo sedução. (Em outro momento seremos mais claros sobre o que discorremos neste parágrafo)
Os que caminham com Cristo, em lugar de pavor e espanto por estes acontecimentos, se alegrarão neste tempo, pois em acontecendo tudo isto, sabem que está próxima a hora em que subirão para junto de Jesus, sabem que este será o momento de estar eternamente com o Senhor da Glória. Uma noiva tendo sua expectativa atendida, vendo o Noivo tão esperado no cumprimento de sua promessa!                                                                                                                                       
Para concluir, gostaríamos de citar uma palavra muito usada no falar teológico referente a segunda vinda de Cristo, esta palavra é parousia, significa aparecimento, chegada, presença, vinda ou como alguns gostam de chamar como literalmente “estar ao lado”. Como já dissemos, ela é usada para designar a segunda vinda de Cristo, fato este negado por muitos descrentes, mas quando menos se esperar, virá Jesus entre as nuvens, e em um acontecimento escatológico único, reunirá os seus para estarem eternamente com Ele sendo assim o fim de todas as coisas.